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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Londres fecha bordéis, e prostitutas lucram por telefones e Internet durante as Olimpíadas


09/08/201209h30
http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao

OLIMPÍADA DE LONDRES

Rodrigo Bertolotto
Do UOL, em Londres (Inglaterra)
Rodrigo Bertolotto/UOL           

    
Em cabine telefônica de Londres, prostitutas estrangeiras são oferecidas por cartões colados
As típicas cabines telefônicas vermelhas de Londres são palco de uma verdadeira competição internacional. Mas ali os corpos não estão expostos seguindo o lema olímpico de "mais rápido, mais alto, mais forte" (citius, altius, fortius, em latim). As pernas e os dorsos femininos oferecem mais prazer e melhores preços.
A disputa é entre "a brasileira elegante", "a deusa italiana", "a modelo africana" e "a oriental quente" para atrair a atenção de quem entra para telefonar e encontra um cardápio extenso para os adeptos do turismo sexual.
O aumento da prostituição em Londres por conta da aglomeração de pessoas na sede dos Jogos preocupou as autoridades britânicas, que desde o começo do ano tem agido.
A polícia da região de Newham, onde se concentram a maioria dos estádios e ginásios da competição fechou 80 bordéis desde março passado, mas negou que a razão fosse as Olimpíadas. "Era uma demanda da vizinhança", foi a justificativa oficial em comunicado à imprensa.
O prefeito de Londres, Boris Johnson, não escondeu o jogo de gato e rato. "Nós estamos determinados a interromper esse comércio sexual e tráfico humano durante nossa Olimpíada", disse Johnson.
O alvo principal foram as máfias que atuam na cidade misturando drogas e sexo. Segundo as autoridades locais, as mais perigosas são a da Albânia, África Ocidental e do Sudeste Asiático.
A prostituição é legalizada na Inglaterra, mas lucrar com o sexo alheio e manter um bordel são proibidos. Em bairros mais distantes da "família olímpica", as casas de prostituição continuam abertas e sem pressão policial sobre elas.
Mas a investida policial no centro e no leste de Londres fez as "sexual workers" migrarem para as ruas, serviços telefônicos e páginas de Internet - no mês anterior às Olimpíadas foram abertos vários sites com "nomes olímpicos".
Estudos feitos tendo como base grandes competições esportivas (o último foi feita nos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver em 2010) apontaram que não há grande mudança na oferta sexual nas sedes. A repressão policial acaba equilibrando o afluxo de prostitutas forasteiras atrás de seu ouro particular.
No caso de Londres, há outra causa que não superaqueceu o mercado de sexo nestes dias: os Jogos coincidiram com o período do Ramadã, quando os muçulmanos fazem jejum alimentar durante o dia e jejum sexual também durante todo um mês. A comunidade islâmica é extensa na capital inglesa, e seu contingente masculino é assíduo frequentador das chamadas "casas de tolerância".
De qualquer forma, os preços dos serviços estão inflacionados no período. O preço do programa de meia hora baixou para 15 libras (R$ 45) durante a longa recessão que o país vive desde 2009, mas agora triplicou seu valor atrás do dinheiro dos visitantes em Londres.
As típicas cabines telefônicas vermelhas de Londres são palco de uma verdadeira competição internacional. Mas ali os corpos não estão expostos seguindo o lema olímpico de "mais rápido, mais alto, mais forte" (citius, altius, fortius, em latim). As pernas e os dorsos femininos oferecem mais prazer e melhores preços.
A disputa é entre "a brasileira elegante", "a deusa italiana", "a modelo africana" e "a oriental quente" para atrair a atenção de quem entra para telefonar e encontra um cardápio extenso para os adeptos do turismo sexual.
O aumento da prostituição em Londres por conta da aglomeração de pessoas na sede dos Jogos preocupou as autoridades britânicas, que desde o começo do ano tem agido.
A polícia da região de Newham, onde se concentram a maioria dos estádios e ginásios da competição fechou 80 bordéis desde março passado, mas negou que a razão fosse as Olimpíadas. "Era uma demanda da vizinhança", foi a justificativa oficial em comunicado à imprensa.
O prefeito de Londres, Boris Johnson, não escondeu o jogo de gato e rato. "Nós estamos determinados a interromper esse comércio sexual e tráfico humano durante nossa Olimpíada", disse Johnson.
O alvo principal foram as máfias que atuam na cidade misturando drogas e sexo. Segundo as autoridades locais, as mais perigosas são a da Albânia, África Ocidental e do Sudeste Asiático.
A prostituição é legalizada na Inglaterra, mas lucrar com o sexo alheio e manter um bordel são proibidos. Em bairros mais distantes da "família olímpica", as casas de prostituição continuam abertas e sem pressão policial sobre elas.
Mas a investida policial no centro e no leste de Londres fez as "sexual workers" migrarem para as ruas, serviços telefônicos e páginas de Internet - no mês anterior às Olimpíadas foram abertos vários sites com "nomes olímpicos".
Estudos feitos tendo como base grandes competições esportivas (o último foi feita nos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver em 2010) apontaram que não há grande mudança na oferta sexual nas sedes. A repressão policial acaba equilibrando o afluxo de prostitutas forasteiras atrás de seu ouro particular.
No caso de Londres, há outra causa que não superaqueceu o mercado de sexo nestes dias: os Jogos coincidiram com o período do Ramadã, quando os muçulmanos fazem jejum alimentar durante o dia e jejum sexual também durante todo um mês. A comunidade islâmica é extensa na capital inglesa, e seu contingente masculino é assíduo frequentador das chamadas "casas de tolerância".
De qualquer forma, os preços dos serviços estão inflacionados no período. O preço do programa de meia hora baixou para 15 libras (R$ 45) durante a longa recessão que o país vive desde 2009, mas agora triplicou seu valor atrás do dinheiro dos visitantes em Londres.