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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Enfim, Brasil garante sua 100.ª medalha em Jogos Olímpicos


Atualizado: 7 agosto 2012 | Por Sílvio Barsetti - Enviado especial- estadao.com.br

OLIMPÍADAS DE LONDRES

BOXE

LONDRES - Após acertar o alvo nos Jogos da Antuérpia, em 1920, Afrânio Antônio da Costa, o primeiro medalhista olímpico do Brasil, passou anos contando a experiência da delegação na Bélgica. A viagem de navio levou vários dias, os equipamentos não serviam para a disputa, a alimentação e as acomodações nem de longe poderiam ser comparadas às hoje oferecidas aos atletas pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Ele também jamais poderia supor que o País levaria 92 anos para chegar à 100.ª medalha.
Com o ouro inédito de Arthur Zanetti nesta segunda-feira de manhã na ginástica, ficou faltando apenas uma para o Brasil entrar, com muito atraso, na seleta lista dos três dígitos. E a pugilista Adriana Araújo, na categoria até 60 quilos, assegurou a marca, num dia igualmente histórico para o boxe brasileiro. Mais tarde, Esquiva Falcão também garantiu medalha, o que elevará o número total para 101, pelo menos.
Afrânio da Costa conseguiu a prata em 1920. No mesmo ano e na mesma modalidade, o tiro, o Brasil chegou ao ouro com Guilherme Paraense, e ainda levou uma medalha de bronze por equipe na prova de pistola livre. As três conquistas vieram nos dois primeiros dias de competição dos brasileiros. A expectativa, portanto, era que viessem outras. Mas não foi possível.
Até os Jogos de Londres houve momentos olímpicos notáveis para o Brasil, embora escassos. Adhemar Ferreira da Silva trouxe o bicampeonato no salto triplo (em Helsinque/1952 e Melbourne/1956) e até hoje seu nome é celebrado por todo o País.
A natação revelaria vários atletas de elite, também medalhistas. Aos poucos, o Brasil ganhou notoriedade na vela, judô, hipismo, tornou-se referência no vôlei, incluindo o de praia, e conseguiu alguma coisa no futebol e no basquete. No atletismo, passou a depender de situações isoladas, como a que deu o ouro a Maurren Maggi, no salto em distância, em Pequim/ 2008.
A centésima medalha, conquistada por Adriana, pode se transformar em pelo menos prata já amanhã, na Arena do Boxe, em Londres. Que a viagem para a 200.ª seja mais curta.

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