Mesa-tenista tem 36
anos de dedicação à modalidade, inclusive, esteve em Barcelona/1992
28 de abril de 2012 | 7h 26
Marcius Azevedo - estadão.com.br
SÃO
PAULO - Hugo Hoyama não consegue dimensionar em palavras qual vai ser sua reação ao
sacar para o primeiro jogo do torneio olímpico em Londres. O simples movimento,
que executou incontáveis vezes em 36 anos de dedicação ao tênis de mesa, vai
colocá-lo na história do esporte brasileiro em Jogos
Olímpicos.
Alex Silva/AE
Hugo Hoyama
disputará sua sexta Olimpíada
Aos
42 anos, o mesa-tenista disputará sua sexta Olimpíada, igualando-se ao
velejador Torben Grael no posto de atleta com mais participações nos Jogos.
"Procuro não pensar muito nisso. Fui participar de um evento dos cem dias
para os Jogos e já senti minha perna tremer", confidencia. "Será a
minha maior conquista até hoje."
A
trajetória de Hugo Hoyama em Jogos Olímpicos começou há 20 anos, em
Barcelona-1992, na Espanha. Depois, o mesa-tenista representou o Brasil em
Atlanta-1996, Sydney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008. "É um feito que todo
atleta gostaria de ter e que isso possa servir de exemplo para os outros. O
importante é colocar na cabeça que não tem idade nem para começar nem para
terminar. Você precisa traçar objetivos na carreira e tentar alcançá-los."
VITÓRIA MARCANTE
Hoyama nunca ficou próximo da medalha. A melhor participação foi em 1996, quando ficou em nono lugar. Na primeira fase, porém, conquistou uma vitória histórica sobre o sueco Jorgen Persson, que era um dos dez melhores mesa-tenistas do mundo e havia sido campeão mundial em 1991. "Foi uma vitória importante não apenas para mim, mas para o tênis de mesa brasileiro."
Hoyama nunca ficou próximo da medalha. A melhor participação foi em 1996, quando ficou em nono lugar. Na primeira fase, porém, conquistou uma vitória histórica sobre o sueco Jorgen Persson, que era um dos dez melhores mesa-tenistas do mundo e havia sido campeão mundial em 1991. "Foi uma vitória importante não apenas para mim, mas para o tênis de mesa brasileiro."
As
lembranças serão eternas. “Em Barcelona, em 92, vi de longe, na Vila Olímpica,
um grandão, careca... E era o Charles Barkley. Lembro também que na cerimônia
de abertura, os caras do Dream Team (time de basquete dos Estados Unidos),
Michael Jordan, Magic Johnson, David Robinson, ficaram em um canto, esperando
para entrar..."
Em
Londres, Hoyama sabe que é impossível conseguir uma boa colocação diante do
nível praticado, principalmente pelos chineses, que defendem outros países além
da China por causa das naturalizações, mas promete não entregar os pontos com
facilidade. "Quero chegar tranquilo. Sei que quando estou bem concentrado,
quando encaixo meu jogo, posso conseguir boas vitórias."
A
vontade de não fazer feio em sua despedida dos Jogos deve fazer Hoyama abrir
mão de participar de um momento marcante para o atleta: a cerimônia de
abertura. O torneio começa no dia seguinte. "É especial. Os atletas ficam
ansiosos, esperando como será acesa a pira olímpica", disse Hoyama, que só
não participou da abertura em Sydney.
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