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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Na Olimpíada de Londres, o brasileiro Thomaz Bellucci tem missão impossível


Tenista terá de derrubar rivais de qualidade para não ter participação discreta em Jogos
28 de abril de 2012 | 7h 41
estadão.com.br

SÃO PAULO - Melhor tenista do Brasil no ranking da ATP, Thomaz Bellucci será muito provavelmente o único representante brasileiro na chave de simples. Ainda com um jogo inconsistente, capaz de vencer jogadores do quilate do espanhol David Ferrer e depois perder para outros rivais teoricamente mais fracos, Bellucci terá de derrotar muitas feras, além de superar um retrospecto negativo.
Michael Regan/AFP - 21/3/2012
Bellucci terá de se superar na grama de Wimbledon
Os brasileiros nunca foram muito longe no torneio olímpico de tênis. A melhor participação foi com Fernando Meligeni, que ficou em quarto lugar em Atlanta-1996. O tenista acabou derrotado pelo indiano Leander Paes na disputa pelo bronze depois de ser eliminado pelo espanhol Sergi Bruguera na semifinal. Até Gustavo Kuerten, no auge, não passou das quartas de final. Em 2000, em Sydney, na Austrália, Guga iniciou o torneio como favorito, mas foi eliminado por Yevgeny Kafelnikov. O russo foi o medalha de ouro.
Quatro anos depois, em Atenas, Guga caiu logo na estreia. A derrota para o chileno Nicolas Massú refletiu o momento do brasileiro, de irregularidade física e técnica. Flávio Saretta, o outro representante nacional, também fez apenas uma partida na Grécia.
A primeira participação olímpica do Brasil foi em Seul, em 1988, com Luiz Mattar. Quatro anos depois, em Barcelona-1992, novamente Luiz Mattar e Jaime Oncins representaram o País. Jaiminho ficou a uma vitória do bronze, perdendo para Andrei Cherkasov nas quartas. À época, não existia disputa de terceiro.
"A Olimpíada é uma competição que coloco como prioridade quando acontece. É um torneio que você tem poucas chances de jogar, porque é realizado só a cada quatro anos e a carreira do jogador é muito curta", afirmou Bellucci no começo da temporada, por ocasião do Aberto do Brasil, disputado em São Paulo. Bellucci pretende usar um pouco da experiência que adquiriu em Pequim. Apesar de ter caído logo na estreia, sendo derrotado pelo eslovaco Dominik Hrbaty, sua primeira participação olímpica serviu para quebrar o gelo.
Ele chega em uma condição melhor do que há quatro anos depois de iniciar parceria com o argentino Daniel Orsanic. "Foi legal como experiência jogar uma Olimpíada tão novo."
DUPLAS
O Brasil deve ser representado por Bruno Soares e Marcelo Melo. Os dois ocupam o 31.º e o 35.º lugares no ranking da ATP, respectivamente. Ao todo serão 24 parcerias escolhidas pela colocação e mais oito convidadas. No feminino, o Brasil não terá representante. A melhor colocada no ranking é Teliana Pereira, que ocupa a 283.ª posição. Como os convites foram feitos para tenistas de outras nacionalidades, o Brasil terá de esperar até 2016 para participar do torneio olímpico

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