O
Brasil pode conseguir pódio com Diogo Silva e Natália Falavigna
17 de dezembro de 2011 | 11h
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Tae Kwon do
SÃO
PAULO - Desafiando potências asiáticas – especialmente a Coreia do Sul, nação
na qual foi criado o tae kwon do – e do próprio continente americano (como
Estados Unidos, México e República Dominicana), o Brasil viaja para a Olimpíada
de Londres com apenas dois atletas, mas ambos com chances reais de aparecer no
pódio da disputada modalidade.
Natália
Falavigna, da categoria +67 kg, tem a única medalha olímpica do País no esporte
– ela conquistou o bronze em Pequim/2008. Diogo Silva (-68 kg), que disputou os
Jogos de Atenas, em 2004, está de volta à competição, depois de não conseguir a
classificação para a Olimpíada disputada há quase quatro anos.
A
confiança por bons resultados da enxuta equipe brasileira vem dos próprios
atletas.
“Creio
que este ciclo olímpico foi o melhor da minha carreira”, diz Diogo, de 29 anos.
“Além da experiência que eu ganhei nos últimos quatro anos, subi o meu patamar
de competição. Antes, meu nível era continental. Agora, minhas conquistas estão
em nível mundial.”
Foi
no competitivo Pré-Olímpico Mundial, disputado no Azerbaijão, em julho, que
Diogo conquistou a classificação para Londres. Daquele mês até outubro, figurou
entre os três melhores atletas do mundo em sua categoria. “Foi algo que nenhum
brasileiro havia alcançado”, destaca.
O
lutador afirma que toda a sua preparação foi voltada para o Pré-Olímpico
Mundial, o que fez com que o Pan de Guadalajara ficasse em segundo plano. “Em
2007, fiz o contrário. Priorizei o Pan do Rio, pelo fato de o torneio ser em
casa. Isso acabou me atrapalhando na hora de buscar a vaga olímpica.”
QUASE LÁ
Natália Falavigna também está acostumada a aparecer entre as principais competidoras da modalidade. Antes do bronze em Pequim, ela já havia batido na trave em sua estreia nos Jogos. Chegou a Atenas, há quase oito anos, com um título mundial, mas acabou ficando com a 4.ª posição.
Natália Falavigna também está acostumada a aparecer entre as principais competidoras da modalidade. Antes do bronze em Pequim, ela já havia batido na trave em sua estreia nos Jogos. Chegou a Atenas, há quase oito anos, com um título mundial, mas acabou ficando com a 4.ª posição.
A
lutadora enfrentou um adversário complicado neste ciclo olímpico: o próprio
corpo. Aos 27 anos, Natália sofreu por quase dois anos com problemas no joelho
direito, que lhe tiraram de importantes competições desde o ano passado.
Foram duas cirurgias para curar o rompimento do ligamento cruzado anterior – a primeira, em 2010; a outra, no início deste ano.
Foram duas cirurgias para curar o rompimento do ligamento cruzado anterior – a primeira, em 2010; a outra, no início deste ano.
As
intervenções fizeram com que Natália perdesse a seletiva mundial, o Campeonato
Mundial e também os Jogos Mundiais Militares, todos realizados nesta temporada.
Na
corrida contra o tempo, Natália voltou a treinar pouco antes do Pan de
Guadalajara, em outubro. No México, seu retorno às competições não foi feliz: a
brasileira perdeu logo em sua primeira luta. Mas, a despeito das críticas,
afirmou que seu objetivo maior não estava ali, mas no Pré-Olímpico Continental,
que também seria disputado no México, dali a poucas semanas.
E
foi na cidade de Querétaro que Natália deu a volta por cima, garantindo sua
terceira participação nos Jogos. “O meu retorno foi ótimo, eu não poderia estar
mais feliz. Esses desafios apareceram para mostrar que eu tinha muita força.”
Depois disso, ela ainda teve fôlego para participar do evento-teste em Londres.
Enquanto
Diogo aposta em uma preparação totalmente realizada no País (ele treina em São
Caetano do Sul, no ABC paulista,), Natália deve passar boa parte de seus dias
na pequena Sugar Land, cidade de 85 mil habitantes próximas a Houston (EUA).
É
lá que vive Jean Lopez, técnico da seleção principal dos EUA que, agora, também
é um dos treinadores de Natália – o americano, aliás, está sendo cotado para
assumir a equipe brasileira após Londres. “Para mim, ele é um dos gênios do tae
kwon do. Sempre foi meu sonho trabalhar com ele.”
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