VÔLEI DE PRAIA FEMININO
02/07/201206h00
José Ricardo Leite
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
As brasileiras Talita e Maria Elisa comemoram a
conquista do bronze em Roma, na Itália
Ter bons resultados em competições
internacionais e em campeonatos mundiais são quase que uma garantia de
consequente expectativa de medalha e holofotes virados para um atleta em ano de
Jogos Olímpicos. Quase, pois nem todos com essas características são tão
visados.
Alguns atletas brasileiros com boa performance e credenciados a bons resultados são ofuscados por outras estrelas de suas modalidades, que geralmente são mais conhecidas do público por conquistas mais marcantes.
Este é o caso do nadador Felipe França. Ele é o único brasileiro campeão mundial em piscina longa na história além de Cesar Cielo. Mas o fez nos 50 m peito, uma modalidade não olímpica. Em sua primeira participação olímpica, em Londres, competirá nos 100 m peito, modalidade na qual tem hoje, a aproximadamente um mês do início da competição, o terceiro melhor tempo do mundo. O que o coloca como um candidato a medalha. Mas, na natação, os holofotes estão mirados para Cielo, o que ofusca Felipe.
França diz esperar que seu status mude após a participação na Olimpíada com um bom resultado. E ressalta sua história para um maior reconhecimento.
“Dentro da profissão, do desempenho que eu já tive, Mundial que já ganhei, recordista mundial que eu já fui, acho que poderia ser visto de uma forma mais eficaz. E que hoje eu ainda não sou. Espero que depois da Olimpíada tudo vái mudar”, disse em entrevista ao UOL Esporte.
“Eu sou uma medalha a menos que o Cielo. Ele tem olímpica e não tenho. Sou campeão mundial, já fui recordista, e nesse aspecto vejo no Cielo que ele soube lidar com isso. Vejo que poderia ter subido à cabeça, mas ele soube lidar com isso porque tem pessoas ao redor dele que ajudaram ele a conquistar essa firmeza e pé no chão para não interferir na vida profissional”, continuou.
No vôlei de praia, a dupla Talita e Maria Elisa é a quinta colocada do mundo e ganhou várias etapas do Circuito Mundial. Mas a mais conhecida é Juliana e Larissa, líderes do ranking. Mas as “ofuscadas” parecem não se incomodar com os holofotes mirados para as rivais.
“É normal, porque elas são heptacampeãs mundiais, falam mais delas pelos resultados. Acho que é normal porque jogam mais juntas, são mais experientes e têm resultados melhores do que os nossos. Seria anormal se fosse o contrário. Acho muito normal mesmo”, falou Talita.
“A Larissa e Juliana têm os títulos delas e estão de parabéns. Mas todas são Brasil. Tivemos resultados parecidos e a pressão. Se existe algum holofote que não atrapalhe as duas”, completou Maria Elisa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário