23 de Junho de 2012 • 15h09
Por Alexandre
Wolkoff / Foto: Cléber Queiroga
Para os céticos, há quem diga que um Pelé, eternizado como Rei do Futebol, não teria o mesmo desempenho dentro de campo, neste segmento praticado atualmente. Um dos argumentos utilizados para tal questionamento é a evolução do desporto na parte física.
O futebol moderno exige que se tenha o maior número de conhecimentos e fatos sobre as ações motoras dos atletas dentro de uma partida. Foi pensando nisso que o Náutico resolveu investir na tecnologia, introduzindo o GPS, aparelho que avalia o desempenho de cada jogador, durante participação em campo, (conforme foto ilustração).
Alguns dados são avaliados, como distância percorrida e velocidade de cada atleta. Estas estatíticas têm ajudado bastante comissão técnica do clube, pricipalmente servindo como um dos critérios de avaliação na hora de escalar o time, sendo utilizado pelo treinador Alexandre Gallo.
Antes de entrar em campo, todo jogador alvirrubro entra com o "GPS de Bolso", nome atribuído ao aparelho pelo fisiologista do clube, Cléber Queiroga.
"Após a partida gente cruza as informações dos scouts do jogo com as dados fornecidos pelo equipamento, pois alguns atletas tiveram desempenhos distintos do primeiro para o segundo tempo e essas informações são bastante úteis para nós."
O GPS também auxilia no desempenho dos atletas que estão saindo do departamento médico. Estes são avaliados e comparados aos que vêm atuando há um bom tempo.
"Fazemos uma comparação entre os atletas que estão saindo de lesão com os que estão jogando normalmente. Se os dados fornecidos pelo GPS forem compatíveis, o jogador que estava na transição está apto a ser reintegrado ao elenco. Caso contrário, teremos que fazer alguns trabalhos específicos, para que seja reintegrado futuramente ao restante do elenco.", disse Queiroga.
No final de cada partida, os jogadores são submetidos a uma série de avaliações. São examinados o índice de Glicemia (açucar no sangue), escala de Borg (onde o atleta numera de 1 a 5 o grau de cansaso na partida), a perda hídrica (quanto quilos perdeu durante o jogo), além do exame de CK 48 horas, que consegue alertar sobre o risco iminente de lesão.
"Cruzamos todos esses dados e traçamos um perfil de cada jogador. Depois da partida contra o Grêmio, retiramos seis atletas do treino por apresentar alto índice no exame de CK. Fizemos um regenerativo leve com eles e graças a Deus, não tivemos problema. Então essa análise pós-jogo é fundamental no futebol moderno, para que a gente possa dar subsídios, não só para o treinador, como para a preparação física", finalizou Queiroga.
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